Natália

A primeiríssima entrevista aqui no Ancalimë Family é com ninguém menos que Paula Pimenta, autora da série Fazendo Meu Filme (se ainda não leu a resenha do primeiro livro, clique aqui!).

Ela é uma fofa, respondeu a todas as perguntas e é sempre muito atenciosa quando eu mando e-mails.



Sem querer ser puxa-saco, mas já sendo, leiam Fazendo Meu Filme, tenho certeza que vão amar!

1. Você sempre quis ser escritora ou foi algo que simplesmente aconteceu?

Eu não decidi ser escritora, foi realmente uma coisa que foi acontecendo... Eu sempre gostei de Português no colégio, adorava fazer redações… Na época do vestibular, resolvi fazer Jornalismo, para profissionalizar esse amor pela escrita. Mas logo no começo do curso, eu me decepcionei. Descobri que eu não queria relatar os fatos imparcialmente e, sim, colocar emoção nas linhas. Os meus professores, ao lerem as minhas matérias jornalísticas, perguntavam se eram crônicas. Foi quando eu descobri que era aquilo que eu queria, me colocar dentro da história, opinar, criar. E, por isso, acabei transferindo de curso, para poder ser mais criativa. Me formei em Publicidade e Propaganda. Mas foi com “Fazendo meu filme” que eu realmente descobri que o que eu mais gosto de escrever são romances.

2. Quais foram as principais dificuldades na hora de publicar o livro?

Primeiramente, conseguir uma editora. É difícil as editoras darem chance a um autor desconhecido, pois ninguém sabe se ele trará lucro ou não. E quando um escritor consegue ter o livro publicado, vem o público, que não “veste a camisa” dos autores nacionais... Muita gente me escreve falando que tinha preconceito com livro nacional antes de ler o meu livro. Essa mentalidade precisa ser mudada. Temos autores nacionais tão talentosos quanto os de fora.

3. Fazendo Meu Filme já teve mais de 20 mil exemplares vendidos. Você esperava tamanho sucesso?

Não esperava de jeito nenhum. Quando “Fazendo meu filme 1” foi lançado,  eu nem de longe imaginava que ele passaria da 1ª edição. Fiquei até meio deprimida um dia depois do lançamento, pensei que meu sonho (de ter publicado um romance) terminaria ali. Quando comecei a receber e-mails de leitores que eu nem conhecia, elogiando e pedindo a continuação, eu fiquei muito feliz, saí mostrando pra todo mundo, imprimi, guardei… Aos poucos os e-mails começaram a ser uma realidade diária e eu percebi que realmente o livro estava se popularizando. Estamos indo pra 5ª edição de “Fazendo meu filme 1”, mas ainda hoje eu me alegro com cada elogio, cada e-mail, cada scrap, cada recadinho no twitter… E – como no primeiro livro – ainda fico ansiosa antes do lançamento dos livros novos, com medo de que as pessoas não gostem…

4. Você recebeu apoio dos seus familiares e amigos quando decidiu mandar sua história para as editoras?

Meu pai e minha mãe me apoiaram muito. Minha mãe sempre é a primeira que lê os livros e desde o começo ela me fez acreditar que eles eram bons. E o meu pai disse que me ajudaria a publicar mesmo que tivesse que ser independente, caso eu não conseguisse editora. Tenho muito a agradecer a eles.

5. Você se baseou em pessoas reais para criar as personagens? Quem?


Nenhum dos personagens foi inspirado em alguém por completo, porém todos têm características de pessoas que eu conheço. Aos 16 anos eu tinha uma amiga, por exemplo, que era louca por um menino que não estava nem aí pra ela, mas mesmo assim ela não o esquecia, e daí eu tirei a inspiração para a Natália. Outra amiga sempre percebia o que estava acontecendo antes, vivia dizendo como todo mundo deveria agir, e a Gabi é um pouco inspirada nela. A mania do Leo de gravar músicas eu tirei do meu próprio melhor amigo de adolescência. A Fani se parece um pouquinho comigo, especialmente na timidez, no jeito sonhador, na introversão… E por aí vai. Nenhum deles é uma pessoa especifica, mas todos possuem fragmentos de alguém.

6. Como foi criada a lista de filmes favoritos da Fani? São os seus filmes favoritos?

Adoro todos os filmes que coloquei nos livros! Recomendo todos eles a quem quiser assistir! Escolho as citações só quando termino os livros. Aí volto lá na frente, leio novamente o capítulo e começo a procurar uma citação que combine. O complicado é quando alguma citação cabe perfeitamente em vários capítulos ou várias citações se encaixam em um determinado capítulo! É uma escolha muito difícil!

7. De onde surgiu a ideia de colocar trechos de filmes no início dos capítulos?

Inicialmente, o livro não tinha esses trechos que abrem os capítulos. Quando eu já tinha passado da metade do livro 1, acordei um dia no meio da madrugada com essa idéia na cabeça. Eu percebi essa seria uma boa forma de explorar a paixão da Fani por cinema. Como eu já tinha mania de colocar citações para abrir as minhas crônicas (nessa época eu era colunista de um site de crônicas), resolvi fazer isso no livro também. E acho que deu um toque todo especial nos capítulos.

8. Você lia muito quando era adolescente? Que tipo de livros lia?

Lia demais! Eu adorava Agatha Christie, li a coleção quase inteira dela! Eu amava também a Coleção Vagalume (especialmente os livros do Marcos Rey) e os livros do João Carlos Marinho (autor de “O gênio do crime”) e do Pedro Bandeira (especialmente “A droga da obediência”).

9. E atualmente, o que anda lendo?

Estou lendo a série “Academia de Vampiros”, de Richelle Mead. Já estou no quinto livro (Spirit Bound), não vejo a hora de terminar!

10. Quais são os autores que você considera exemplos, pessoal e profissionalmente?

A Meg Cabot é minha autora preferida. Ela é minha maior influência, adoro tudo que ela escreve. Uma autora que eu acho que correu muito atrás no começo e que hoje tem a recompensa desse esforço é a Thalita Rebouças. No começo da carreira, ela ficava nas livrarias fazendo propaganda dos próprios livros para os adolescentes, e eu acho isso o máximo, eu gostaria de ter essa coragem, morro de vergonha de “fazer o filme” dos meus livros... Além disso, ela fez a maior campanha para que os leitores a ajudassem a ser convidada para ir ao Jô Soares. Ela merece todo esse sucesso que faz atualmente.

11. Quais as dicas para quem sonha trilhar os mesmos caminhos que você e fazer sucesso entre os leitores?

Meu conselho para quem quer se escritor é que tenha paciência e perseverança, pois começar é difícil, mas publicar um livro é muito gratificante! Mostre o livro para pessoas de confiança e escute as sugestões, reescreva os capítulos até que você os considere perfeitos. E, especialmente, não se deixem abater pelo primeiro “não” de alguma editora. Se publicar um livro é o seu sonho, não desista enquanto não conseguir!

12. Por fim, deixe um recadinho para os seus (atuais e futuros) fãs.


Gostaria de agradecer por todo carinho que tenho recebido dos leitores, por todos os e-mails, scraps no orkut, recados no twitter... esse retorno é tão importante que vocês nem imaginam! E quero aproveitar a oportunidade pra dizer que “Fazendo meu filme 4” será lançado no 2º semestre! Aguardem! :)
5 Responses

  1. amei ! *-*
    Ela parece ser super fofa mesmo, gente!
    E, agora que soube que vai lançar o FMF4, eu admito que tenho que sair correndo pra ir comprar/ler o 1, 2 e 3 logo ;x haha

    beijos!
    Mel


  2. anna Says:

    Oi Naty, simplesmente amei a entrevista! Agora estou com uma super, hiper, mega vontade de ler fazendo meu filme um, mas haja dinheiro para tantos livros!


  3. Natália Says:

    Depois de lerem essa entrevista, vocês TÊM que ler FMF, ok?! haha


  4. Bianne Says:

    Sou doida pra ler os livros dela!! Ninguem quer me emprestar não? ou dar de presente?? XD


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