Natália
Hoje, continuando a maratona de resenhas, os dois últimos livros que li do mestre do terror.



Carrie, A Estranha - Stephen King: Este livro narra a atormentada adolescência de Carrie, uma jovem problemática que é perseguida pelos colegas, professores e impedida pela mãe de levar a vida como as garotas de sua idade. Só que Carrie guarda um segredo - quando ela está por perto, objetos voam, portas são trancadas ao sabor do nada, velas se apagam e voltam a iluminar, misteriosamente. Aos 16 anos, desajustada socialmente, Carrie prepara sua vingança contra todos os que a prejudicaram.


Primeiro romance de Stephen King (até então, ele era um professor de inglês que escrevia contos de terror para revistas sobre o gênero), Carrie é uma referência para os fãs de livros assustadores. Adaptado para o cinema duas vezes (em 1976 e em 2002), é sucesso absoluto ainda hoje.
Após passar por um vexame público em um baile da escola, Carrieta White iniciou a destruição quase completa de sua cidade, usando seus poderes de telecinesia.
Ao contrário da sinopse da Livraria da Travessa (e em quase todas as outras sinopses que encontrei na internet), Carrie não planejou vingança alguma. Ela já havia sido humilhada pelos colegas antes e aguentado as repreensões insanas da mãe, no entanto a única vez que usara seus poderes foi na infância, inconscientemente, em um surto de raiva. Aos 16 anos, a garota já sabia como controlar suas habilidades, mas não tinha intenção de realmente usá-las, embora a ideia passasse em sua cabeça algumas vezes. Somente no baile, quando toma um banho de sangue de porco ao ser eleita rainha e vê o único dia feliz de sua vida se tornar um pesadelo, é que a garota libera toda a sua raiva.

Título Original: Carrie
Editora: Objetiva
Autor: Stephen King

Assista aos trailers dos filmes de 1976 e 2002.

A Maldição do Cigano - Stephen King: Com uma rotina tranqüila, bem casado, o advogado Bill Halleck não tinha muitos problemas na vida. A não ser o peso. Mas por nada no mundo dispensaria os dois ovos com bacon do café da manhã ou os pacotes de Doritos diariamente devorados. Tudo iria mudar drasticamente naquele maldito dia. A velha cigana se pôs em seu caminho e Bill não conseguiu parar o carro. Ao mesmo tempo em que as rodas esmagavam a velha, a vida de Halleck começava a ser destruída. Considerado inocente pela justiça humana, não pôde fugir à maldição soprada por Taduz Lemke, o patriarca dos ciganos, na saída do tribunal. "Emagrecido", praguejou o velho. A partir desta dia, os 111 quilos de Bill passam a ser sugados vertiginosamente. Se não conseguir deter a maldição cigana, em pouco tempo Bill não será mais do que um feixe de ossos.
(sinopse: Editoras.com)


Levando em consideração o que conheço da obra de Stephen King (alguns romances e vários contos), A Maldição do Cigano não é um de seus melhores trabalhos. A trama não é muito excitante e a narrativa, durante boa parte do livro, é monótona. Se tivesse sido escrito por outra pessoa, certamente não teria nenhum atrativo, mas como tudo vira ouro nas mãos de King, até a história de Billy Halleck tem seus bons momentos.
O fato de estar perdendo muito peso em muito pouco tempo não causa tantos efeitos físicos quanto psicológicos. Estar se aproximando rapidamente da morte deixa o protagonista a beira da loucura, levando-o a observar e questionar tudo e todos à sua volta: desde o juiz que o inocentou no tribunal até sua própria esposa. É incrível acompanhar as mudanças súbitas de humor que acompanham o emagrecimento do advogado, além de assistir à sua crença na maldição cigana passar de um medo bobo a uma convicção indiscutível.
Os capítulos finais ganham o toque de angústia característicos do autor, e o final é surpreendente. Mas antes de ser um terror sobrenatural, A Maldição do Cigano é um suspense sobre até onde um homem mantém a lucidez, quando está face a face com a morte.

Título Original: Thinner
Editora: Objetiva
Autor: Stephen King
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