
Dryfr, um poderoso dragão dourado, acorda de seu sono de inverno e se depara com um mundo bastante diferente do que se recordava. Na verdade, ele dormiu por muito mais tempo do que pretendera e agora não sabe bem o que está acontecendo ao seu redor. Procurando por respostas, ele vai até seu mestre, Wyrmygn, de quem recebe notícias assustadoras.
O planeta em que se passa a história é habitado por diversas criaturas místicas, dos quais os dragões são os seres mais fortes e evoluídos. Por culpa de um ritual élfico que deu errado, humanos foram levados para esse lugar, onde eram inferiores a quase todas as outras raças. Em sua sede de conquistar terras, poder e desenvolvimento, no entanto, os homens estavam causando severos danos a este novo mundo, algo que os dracos não poderiam permitir, nem que para isso precisassem exterminar toda a raça humana.
Diferente de qualquer outro, o romance de Fábio Guolo é um marco para a literatura fantástica nacional. Fã dos livros de J. R. R. Tolkien e de jogos de RPG, pelos quais foi visivelmente influenciado, o autor criou um universo bem estruturado e crível, onde se passa uma história inteligente e inovadora.
Embora escreva com segurança e não tenha medo de se aventurar por um gênero ainda pouco explorado por seus conterrâneos, Guolo ainda é um iniciante. Além de alguns erros de revisão (os quais, eu gosto sempre de frisar, não são responsabilidade do autor), a leitura se torna um pouco cansativa com a repetição de termos e expressões (seres inferiores e multiverso, por exemplo, apareceram um zilhão de vezes).
Algumas explicações sobre os seres humanos também eram dispensáveis. Mesmo que o narrador fosse um dragão e descrevesse certos costumes dos homens por serem, para ele, estranhos, não era preciso, já que os leitores são, bem, humanos.
A narrativa em primeira pessoa nos faz encarar os dragões como seres extremamente arrogantes, o que pode irritar inicialmente, mas aparentemente isso tem um propósito. Algo que me deixou bastante frustrada foram os nomes - Dryfr é o mais "simples" deles - a maioria não tinha sequer uma vogal! Eu desisti de tentar pronunciá-los.
Mesmo com todas as suas falhas, o livro é recomendadíssimo, e seu fim (e mesmo seu título) deixa claro que haverá uma continuação, e Draco Saga Vol. 2 tem tudo para ser um sucesso, superando seu antecessor.
Autor: Fábio Guolo
Editora: Selo Brasileiro
Nº de páginas: 254
Estranho os nomes dos dragões sem vogal mesmo! Também não gosto de ler livros com erros de revisão, mas já que a leitura é tão boa assim, não custa nada lê-lo, não é?
Gostei de seu blog, já estou seguindo! :)
Beijinhos, :*
www.primeiro-livro.com
Oi Natália!
Parece muito ser muito interessante a história e tenho muita vontade de ler, mesmo não gostando muito de dragões. Talvez o compre em breve. Sumiu hein?
- Matheus, Bobagens e Livros