Essa resenha faz parte do Desafio Literário #3. Para acompanhar o meu progresso em todos os Desafios de 2011, clique aqui.
O Mestre dos Dragões Vermelhos (Alexandra Jahnel): Dhorman é um mundo além dos véus do entre mundo, onde existem fadas, elfos, magos e dragões; os dragões vermelhos são os mais próximos aos magos e elfos, influenciam em suas vidas, os auxiliam e por vezes os combatem.
Durante o reinado de Lur o poder muda de mãos e uma guerra se arrasta por séculos. Nos bastidores dessa guerra há magia e muito poder, grandes amores e insanidade; além de muitos segredos a serem descobertos e mistérios a serem desvendados.
Um império se forma com o poder das Gemas Lurin e com dragões transformados, mas sombras do passado maculam a armadura do novo imperador e também seu coração; a presença constante da figura de Lumanzir, dragão vermelha poderosa e misteriosa; as revelações de sua origem e as surpresas guardadas pela Senhora do Destino.
Quem nos narra a história é o próprio Mestre dos Dragões Vermelhos, levando-nos a um mundo mágico com personagens apaixonantes; convidando-nos a descobrir sua identidade.
(sinopse: quarta capa do livro)
O livro é um épico, com muitas das criaturas mágicas que a literatura fantástica tem à disposição: magos, elfos, dragões, fadas, sacerdotisas etc. Cada raça tem seus próprios costumes, tradições e rivalidades, que alcançam até as subdivisões de cada povo (elfos do mar e da floresta; dragões vermelhos e cinzentos). Seja por diferenças de opinião ou luta pelo poder, Dhorman nunca está em paz.
E a verdade é que ninguém é o que parece nessa história. Aqueles que, a princípio, são considerados protagonistas vão abrindo espaço à medida que novas personagens surgem e ganham destaque. Heróis e vilões se misturam o tempo todo até que o leitor percebe que não há um lado pelo qual torcer. É claro que, como em qualquer boa trama, preferimos uns a outros, mas praticamente todos têm seus momentos de fraqueza e/ou insanidade.
O ritmo da narrativa começa bastante lento. Depois de dois capítulos curtos que mostram a queda de Lur e a ascensão de um novo império, boa parte do livro nos mostra as origens do reino e a trajetória de cada personagem até aquele ponto da história. Mesmo que esses flashbacks não sejam apenas relatados e tenham diálogos e ação, a leitura é um tanto cansativa, embora eu entenda que tenha sido necessário esse recurso para entender as motivações das personagens centrais. A partir da página 160 o enredo parece ganhar vida e a trama flui mais naturalmente. Mentiras e traições recheiam a história, bem como personagens e situações mais leves e bem-humoradas.
O final exige uma continuação e eu acredito que a autora tenha calibre para escrever um romance ainda melhor. O modo de Alexandra narrar é muito gostoso, embora ainda seja perceptível uma certa insegurança, comum em autores estreantes, que vai se amenizando no decorrer do livro.
A equipe da Novo Século merece um super parabéns pela capa e uma sentença de morte pela revisão! Conforme o livro ia ficando mais emocionante, mais erros de digitação apareciam! Mais cuidado da próxima vez, senhor Thiago Fraga...
Enfim, recomendo que superem a lentidão inicial e deem uma chance aos dragões vermelhos.
Editora: Novo Século - Selo Novos Talentos
Desafio literário anual hospedado pelo blog My Everything, com o objetivo de promover a interação entre blogs e leitores, além de mostrar os livros a serem adquiridos em 2011. Para participar ou saber mais, clique aqui.
Vou guardar uma super compra só para livros brasileiros deste tipo. QUero também Dragões de Éter, esses livro com essas criaturas são imperdíveis!
- Kiss, Matheus Goulart (Bobagens e Livros)