Natália
Primeira resenha do blog foi uma escolha difícil. Não queria um livro qualquer, tinha que ser especial. Pensei no último livro que li (A Maldição do Cigano, de Stephen King), mas não era sequer o melhor livro dele, então descartei a hipótese. Meu livro favorito? Ah, olha o template desse blog! Qual vocês acham que é meu livro favorito?! Uma resenha de O Senhor dos Anéis ocuparia uns 6 posts e me levaria às lágrimas.
Então lembrei de um livro que li no início desse ano. E reli imediatamente em seguida. E mais umas duas ou três vezes ao longo do ano. E toda vez que o releio, ele me emociona. Não é nem uma história, vejam bem. É 'apenas' um ensaio. Mas certamente suas palavras ecoarão em minha mente pelo resto da vida.

Um Teto Todo Seu - Virginia Woolf: Celebrada como uma das mais importantes romancistas do século XX, Virgínia Woolf mostra nessa obra uma faceta de sua produção literária que cada vez mais vem sendo elogiada por seus estudiosos: a ensaísta. Ela traça, com saborosa ironia, um brilhante painel da presença feminina na literatura - não como personagem, mas como escritora - ao longo dos séculos.
(sinopse Saraiva)




Virginia Woolf escreveu este ensaio quando lhe pediram que falasse sobre as mulheres e a ficção. Como a autora mesmo explicita, há uma grande diferença entre a ficção escrita por mulheres e a ficção escrita sobre as mulheres. Durante o texto, ela aborda temas que, provavelmente, nunca chamaram a atenção da maioria de nós, como o fato de os homens escreverem muito mais sobre as mulheres do que o contrário; ou de que o enfoque dados às mulheres é sempre sobre suas relações com os homens, embora essa seja uma parte pequena da vida de uma mulher.
Não se trata de um discurso feminista afirmando que a literatura escrita por mulheres é tão boa quanto, senão melhor que, a escrita pelos homens. Pelo contrário, Woolf deixa claro diversas vezes que sua intenção não é elevar o seu sexo, ou rebaixar o oposto. Ela tenta avaliar ambos da maneira mais imparcial possível, embora seja obviamente difícil. Tenta nos convencer, através dos mais variados argumentos, de que para adjetivar um livro como bom ou ruim não se deve levar em consideração quem o escreveu. O que importa é a capacidade do autor de nos fazer acreditar que o que está escrito é verdade, mesmo que não seja. Quero dizer, pouco importa a verdade do mundo 'real', o escritor tem que tornar sua história acreditável dentro dela mesma.

"E ferve de excitação e, ao fechar o livro, com uma espécie de reverência mesmo, como se fosse algo muito precioso, um esteio aonde retornar enquanto viver, coloca-o de volta na prateleira(...)"

ps: você NÃO vai encontrar esse livro pra comprar em lugar NENHUM. Eu tenho em PDF, então se alguém quiser, deixa um comentário com o e-mail que eu mando.

Salut!
2 Responses
  1. Que livro diferente! Parece ser interessante!
    Mas, não sei se vou ter paciência para ler... Vale a pena? Bjooo!


  2. Natália Says:

    Eu adoro o livro, mas tem que gostar bastante de literatura/história pra ter paciencia pra ler! rs
    Beijos!


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